Monday, February 9, 2009

24/01/2009

"Acordo como que com um bloco de cimento a fazer-me pressão na testa, é só mais uma ressaca. Só quero beber um copo de água, mas não tenho forças para me levantar. A semana foi uma loucura, não paro. Não me quero permitir ter tempo livre e o pensamento desocupado, sei que isso acaba com a tua imagem na minha mente. Ando a 200, desorganizado. A luz lá fora começa já a fugir. Óptimo. Foi mais um dia que consegui passar sem pensar em ti. Olho para a esquerda, nenhuma mensagem no telemóvel, no fundo…já o esperava. Viro-me para a direita, as garrafas de cerveja vazias do dia anterior, o cinzeiro cheio, as caricas espalhadas pelo chão, a desarrumação, o cheiro a festa e distracção que não deveria sair nunca e ficar entranhado no meu sofá, no meu tapete, na minha roupa, enraizado em mim. Por agora, apenas ficou o ambiente morto e abafado de nicotina cancerígena a pairar pelo quarto. E eu viro-me para cima, olho para o tecto e imagino se fazes o mesmo, se te sentes isolada mesmo quando rodeada de todos aqueles que mais te são. Se este fosso está a ser cavado com convicção, ou por obrigação. O vazio! Se precisas de mim. Eu preciso de ti. Acho que prefiro nem saber, o certo é que não tenho coragem de tentar saber, muito menos perguntar."
sábado, ‎24‎ de ‎Janeiro‎ de ‎2009, ‏‎02:10:11

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